Existem locais que dificilmente nos esqueceremos, a Casa do Rio da Quinta do Vallado é um deles...

A história desta casa começa há uns anos atrás, quando a Quinta do Vallado decidiu alargar a área de vinhas próprias, escolhendo o Douro Superior, mais concretamente Vila Nova de Foz Côa,  como o local mais propicio.

Vizinha privilegiada do Vale Meão (para os enófilos dispensa mais apresentações), a Casa do Rio é embalada pela beleza imaculada do leito do Douro e pelo isolamento, silêncio e nostalgia daquele património mundial. 

Francisco Vieira de Campos, o arquitecto, planeou a sua construção isolada subtilmente entre a encosta e o rio,  em nada ferindo a harmonia da paisagem, parecendo apenas mais uma das cepas da vinha. Tal isolamento faz com que não seja aconselhável tentar chegar até à Casa do Rio com viatura própria e por esse motivo, a Quinta do Vallado põe à disposição dos clientes um todo o terreno para os transfers (os acessos estão a ser melhorados, mas acho que tirarão um pouco da mística daquele belo local).

 A casa possui seis quartos (estão a ser construídas mais duas suites), uma cozinha, uma sala de estar e uma varanda cujo desenho e materiais se integram perfeitamente no local, com sobriedade, requinte, modernidade e e bom gosto.

Além de dormir acompanhados pelo Douro, os hóspedes podem ainda fazer refeições (com cozinha de qualidade, bem harmonizada, desprovida de vaidades e assente em produtos regionais) , participar em provas de vinhos (destaco o Rosé Touriga Nacional 2015, o Reserva Field Blend 2011, o Adelaide Tinto 2011 e o Adelaide Vintage 2011 - todos criados por Francisco Olazabal e Francisco Ferreira)  e em diversas actividades (quer em terra quer no rio).

Os quartos pincelados a branco e madeira, além de confortáveis e românticos têm aquecimento central, zona de descanso/leitura e uma lareira que abraça a vista sobre o rio e as vinhas de uma maneira verdadeiramente arrebatadora. O único senão é o tamanho da casa de banho, mas nada que faça baixar a qualidade geral da habitação.

O serviço é do que de melhor encontrei em Portugal, é criado um ambiente familiar e fraterno, alicerçado num saber fazer e competência, sendo proporcionados inúmeros mimos  ao longo da estadia.

A brisa ao anoitecer na varanda do quarto provoca a mesma sensação que o aroma de um grande vinho da região, a giesta, a esteva, a madeira e as especiarias percorrem os nossos sentidos, desejando-nos uma boa noite ao ouvido.

Até á próxima Casa do Rio :-P

 

 http://www.quintadovallado.com/wine-hotel/373/casa-do-rio/pt/

 "Beber um Buçaco é viajar no tempo, é beber um vinho glorioso, criado por Alexandre Almeida, um visionário. Oportunidade esta que todos os que apreciam o Vinho, deveriam ter, nem que seja uma vez na vida" Niepoort

Do Buçaco não nos chega apenas a arquitectura majestosa do palácio  que é um blend de elementos da Torre de Belém, do Mosteiro dos Jerónimos e do Convento de Cristo em Tomar. Encontramos também azulejos, frescos , quadros  alusivos aos descobrimentos portugueses, jardins,  fontes, lagos, uma cascata ... e um vinho, um grande vinho ... O Buçaco Branco Reservado 2003!!!

Curiosamente, tal e qual como o palácio, também é um blend (de Encruzado, Maria Gomes e Bical) e é seguramente o melhor vinho branco que provei até hoje. 

No copo é cristalino, dourado e límpido. A cor deste vinho é única, penso que se apagássemos as luzes, ele continuaria a emitir luz própria, como se de uma estrela se tratasse. 

No nariz  revela fruta de caroço bastante madura como o damasco e a ameixa branca, uma pitada de citrinos e pinceladas tostadas.

A passagem do nariz para a boca é estonteante, entra no palato com as notas maduras do nariz mas depois ganha vida e frescura com o aparecimento de alguma mineralidade, vegetais, ervas e pinheiro. O final é longo, regressando aos citrinos do nariz, fazendo da prova deste vinho uma constante viagem entre passado, presente e futuro.

Aprendi que quando se bebe um Buçaco não se está a beber vinho, está-se a beber história, cada golo é uma cápsula de memória, vida e vibração, adorei!!!

Produtor: Alexandre Almeida Hotels

Castas: Encruzado, Maria Gomes e Bical

Região: Dão e Bairrada, Portugal

Álcool: 13%

Acidez: Não revelada

Prova: 2016

Harmonizações: Aveludado de trufas, castanhas e foie gras; Risoto de cogumelos e nozes; Lombo de robalo grelhado com crosta de ervas.

Preço: 40€

Avaliação: 91/100

Este Buçaco Reservado branco 2003, mereceu rasgados elogios em 2014 por parte de um dos nomes grandes da critica de vinhos internacional, o americano Matt Kramer, que o considerou o melhor vinho de casa do mundo!!!

Compreendo-o perfeitamente...

Os que me acompanham no_meu_palato sabem que tenho uma enorme admiração pelo chefe Hermínio Costa, considero-o um dos mais nobres talentos da sua classe.

Inovar com lampreia não é fácil, o "bicho feio" é feio, e não é fácil de cozinhar.

É este o motivo que me vai fazer deslocar ao restaurante Egoísta, no próximo 18 de março, pelas 20h30. Comprovar se é possível pintar obras de arte com ingrediente tão desafiantes, a imaginação do chefe Hermínio vai ser posta á prova, avaliarei o resultado...

A este encontro vão-se juntar os vinhos Quinta de Lemos, os aromas a bagas silvestres, com destaque particular para a amora e o morango maduro da casta Alfrocheiro e a robustez elegante, fruta gorda e especiarias da Tinta Roriz parecem-me escolhas particularmente interessantes para a harmonização.

Se me surpreender (mais uma vez) o chefe Hermínio merecerá um post exclusivo, aqui no_meu_palato.

A informação do menu e respectiva nota de imprensa segue abaixo:

"Quanto à ementa do chefe Hermínio Costa, há lampreia em variação mais ousada, mas também o clássico. Para começar, lampreia em escabeche roxo acompanhada de um Quinta de Lemos, Dona Paulette branco 2013. Segue-se um aveludado de feijão branco, bolinho de lampreia e presunto bísaro que é servido com um Quinta de Lemos, Alfrocheiro tinto 2009.  O folhado de lampreia, um clássico do Egoísta,  serve-se na companhia de um Quinta de Lemos, Dona Santana tinto 2009.  O vinho Quinta de Lemos, Tinta Roriz tinto 2008 harmoniza com lampreia à bordalesa.  Para finalizar, bolo de amêndoas e pêra bêbeda, molho de chocolate negro, com um  Niepoort LBV 2011."

20h30 | Preço 45,00€ pessoa

Restaurante Egoísta, momentos perfeitos num lugar único

Edifício do Casino da Póvoa de Varzim | T- 252690888

E-mail – restaurante.egoista@estoril-sol.com | Site - www.restaurantegoista.com