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No meu Palato

No meu Palato

Astória | Spring à la carte à mesa

Astória_Creme de ervilhas com ovo a baixa tempera

 Para dar início à experiência de sabores, o restaurante preparou um Jardim de verduras miniatura da primavera, Hummus, areia de azeitona e crocante de sésamoUm prato leve, colorido, fresco, e a metáfora perfeita para a nova estação. Entre as restantes entradas, podemos encontrar o Filete de Cavala curada, salada de ervas frescas e rabanete, com emulsão de açafrão ou Favas com chouriço de porco preto, gema de ovo e pato fumado caseiro.

Astória_Favas com chouriço de porco preto, gema

Para os gostos mais requintados, o Astória disponibiliza Oscietra Caviar, servido com torrada Melba, clara de ovo ralada e gema, alcaparras e chalotasUm sabor único e delicado, saturado com uma leve nota de noz, e que tem seduzido os sentidos dos reis há séculos.

Astória_Filete de Cavala curada, salada ervas fre

Nos pratos principais, destaca-se, no peixe, o Filete de robalo no carvão, aveludado de lavagante, salada de funcho e coentros e o Bacalhau curado e aromatizado com limão e coentros, puré de grão-de-bico e chalotas caramelizadas. Nos pratos de carne, o Chefe sugere o Lombinho de borrego assado em carvão, manteiga, alho francês e cogumelos e puré de batata com manteiga tostada ou Barriga de Porco assada a baixa temperatura, texturas de batata-doce,"crumble" de morcela transmontana com molho de vinho tinto e maçã assada.

Astória_Filete de robalo no carvão

Para os que não dispensam um prato confecionado em forno a carvão – com um sabor e textura singulares –, o Astória preparou Lombo de salmão, Tomawack to share ou Secretos de porco Ibérico alentejano.

Astória_Jardim de verduras miniatura da primavera

Nas sobremesas, o Chefe apostou em deliciosas combinações, como o Pão-de-ló de Ovar com gelado de queijo da serra ou o Macaron de Framboesa com mousse de chocolate branco.

Para quem não resiste a provar mais do que uma iguaria do Astória, o restaurante tem ainda um Tasting menu, que inclui duas entradas, dois pratos principais (um de carne e um de peixe) e uma sobremesa.

 Para quem quer partilhar bons momentos com amigos, o Chefe preparou um menu especial, para grupos a partir de quatro pessoas, com clássicos da mesa portuguesa. Um menu com três entradas, um prato principal (carne ou peixe) e três sobremesas.

Astória_Macaron de Framboesa com mousse de chocol

Nas palavras do Chefe Francisco Pico esta é, mais uma vez, uma carta pensada por toda a equipa de F&B porque não há ninguém melhor do que eles para me ajudar a perceber o que os clientes mais gostam, o que pedem, qual o feedback em relação à carta anterior. Lidam todos os dias com eles. O resultado é um menu fresco, 100% inspirado na estação, e inovador em relação ao corte e à apresentação. Tentámos também adaptar a nossa oferta ao público que nos procura, conciliando os sabores da época à Modern Portuguese Cuisine e a algumas tendências internacionais.

Astória_Pão de ló de Ovar com gelado de queijo

 A nova carta do Astória foi inspirada nos sabores frescos de primavera e promete surpreender até os paladares mais requintados. O menu já está disponível ao almoço – a par do menu semanal –, e ao jantar.

The Yeatman restaurante | Os novos sabores de primavera

The Yeatman restaurante

Desde que o restaurante do The Yeatman inaugurou, em 2010, o desafio do Chefe Ricardo Costa tem sido o da superação constante, inovando a cada nova temporada. E é precisamente o que acontece agora, com este menu renovado, que vem traçar o percurso da sua evolução e desvendar um pouco sobre o que ainda está por vir. Aberto exclusivamente ao jantar, o restaurante gastronómico do The Yeatman propõe uma nova experiência gastronómica, pensada ao pormenor para despertar os sentidos. Enquanto os olhos se rendem à paisagem desenhada pelo rio Douro e o velho casario da Ribeira, os aromas, texturas e sabores vão-se desenrolando num menu equilibrado e despretensioso, com apontamentos que surpreendem, divertem e provocam sensações. 

The Yeatman Chefe Ricardo Costa

Seduzido pelas viagens que tem feito ao longo dos últimos anos, e sem perder o foco na consistência da sua assinatura, o Chefe Ricardo Costa introduz à experiência novos paladares: na nova carta do The Yeatman, os sabores genuínos da gastronomia portuguesa ganham leves e inesperados apontamentos asiáticos. Ao longo dos últimos anos fiz algumas viagens, nomeadamente pela Ásia, onde descobri novos sabores e acima de tudo uma forma de pensar a refeição como um ritual, em que todos os sentidos são apurados e estimulados a todo o momento. Além disso, procurei que a experiência fosse descontraída e divertida, desafiando algum formalismo que se possa associar a um restaurante de duas Estrelas”, afirma o Chefe Ricardo Costa.  

The Yeatman Carta 2018 Lavagante ao Sal, Kimuchi

 O primeiro aperitivo desvenda de imediato as intenções do Chefe. O menu inicia com um Chá de Kombu, alga japonesa reconhecida pelas suas propriedades purificantes e nutritivas, que prepara o corpo para a experiência. Seguindo a inspiração nipónica, é servido um caneloni de Wagyu e caranguejo real, acompanhado por nabo, matcha e yuzu. Ainda nos aperitivos, o Chefe senta-nos primeiro à mesa de uma churrasqueira, com a sua recriação de frango picante e um prato de tomate frio pontuado de sabores mediterrâneos e, logo a seguir, de uma marisqueira, onde os sabores do mar se revelam numa esfera congelada em nitrogénio, acompanhada por puré de tremoço e uma cerveja preta artesanal, sem álcool, receita “caseira” do restaurante. Tudo isto, em formato “finger food”, para comer sem preconceitos.

The Yeatman Carta 2018 Wagyu, Caranguejo Real

 Os peixes e mariscos voltam a dominar a carta do restaurante, em homenagem ao mar português e aos sabores da costa. O prato de choco, pintado de negro, desvenda os sabores do típico molho à bordalesa. O lavagante, cozinhado ao sal, é acompanhado por uma surpreendente sopa tailandesa, com apontamentos picantes sugeridos pelo kimuchi, mistura de pimentos japoneses, galanga e óleo de sésamo. Sabores frescos e tropicais que apelam às estações mais quentes. 

The Yeatman Carta 2018 Arroz de Pombo a Antiga

Ainda nos peixes, há tempo para saborear o prato de raia glaceada em beurre blanc, numa abordagem de inspiração francesa, e o prato de ovos de assinatura do restaurante, acompanhado por sopa de bacalhau alentejana.

The Yeatman Carta 2018 Leitão, pepino, sake

Nos pratos de carne, o incontornável leitão está de regresso, mas desta vez a preparação é feita em duas técnicas, para recriar o sabor e textura do tradicional prato da região da Bairrada, com um toque asiático de pepino e saqué, que lhe confere frescura e equilíbrio. De seguida, um arroz caldoso de pombo recorda a comida de conforto, para o final perfeito antes de entrarem as sobremesas.

The Yeatman Restaurante gastronómico

 Nos doces, voltam os sabores tropicais, com um refrescante ananás e coco, a relembrar um cocktail de piña colada, acompanhado por chá verde, e a aclamada sobremesa de mirtilos do restaurante The Yeatman, numa versão renovada com esfera e gelado de mascarpone, molho de mirtilos e apontamentos de baunilha e lima kaffir

The Yeatman Carta 2018 Mirtilos.jpg

Para terminar, o Chefe Ricardo Costa criou uma divertida trilogia de tripa de Aveiro, de onde é oriundo, pipocas e caramelo, que prometem prolongar a conversa à mesa, com a inspiradora vista sobre o Porto como cenário. 

The Yeatman

O menu completo tem o valor de 160,00 euros por pessoa, sem bebidas. É ainda possível optar pelo menu de seis pratos, por 130,00 euros por pessoa. Com uma das mais completas e premiadas coleções de vinhos portugueses, o restaurante sugere um suplemento especialmente selecionado para acentuar a experiência gastronómica, pelo valor de 70,00 euros por pessoa ou, no caso de optar pelo menu reduzido de seis pratos, 60,00 euros por pessoa. 

Six Senses Douro Valley | O paradoxo de Galileu

"Há dias, muitos dias, em que ficamos zangados com o tamanho do nosso conjunto ilimitado. Porque queríamos mais números do que aqueles que provavelmente vamos ter, buscamos uma eternidade dentro dos nossos dias numerados. Alguns infinitos são maiores que outros… " John Green

Six Senses Douro Valley

Ao longo das últimas duas décadas, a Six Senses chamou para si o reconhecimento internacional como a cadeia hoteleira líder no sector de luxo, mantendo ao mesmo tempo o foco em questões ambientais e na preservação do terroir dos espaços onde constrói os seus resorts. Este peso pesado da hotelaria além-fronteiras escolheu a paisagem natural, preservada e Património Mundial do Vale do Douro para criar o seu primeiro hotel na Europa, procurando trazer para Portugal amantes do vinho, ansiosos para provar, cheirar, tocar e perceber o Vale do Douro. Esses turistas são também atraídos pela merecida reputação desta cadeia, por combinar eximiamente luxo e bem-estar. 

Six Senses Douro Valley

Tive a honra e o prazer de conhecer o Six Senses Douro Valley na companhia das minhas duas princesas. Depois de percorrermos um longo caminho de acesso em paralelo, por entre socalcos e patamares cobertos de vinhas, encontramos um hotel onde até mesmo o mais pequeno detalhe foi cuidadosamente ponderado. A casa da quinta datada do Séc. XIX tem um design de interior hodierno onde se combinam elementos da arquitectura tradicional portuguesa e o inimitável estilo Six Senses. De Nova York chegaram as ideias para a decoração do seu interior, que fizeram sobressair a luz e a alma neste edifício. Da hospitalidade duriense bebeu inspiração o estilo intimista, confortável e sereno.  Dos azulejos azuis e brancos, pisos de granito, tectos de cortiça e folhas de ouro nas paredes é relembrada a alma lusitana. Da arte moderna surgiu um toque contemporâneo que embala o ambiente.

Six Senses Douro Valley

Os funcionários e serviço são incríveis. Com uma simpatia assombrosa, sempre disponíveis e dotados de um saber-fazer com discrição, procuram que a nossa estadia seja nada menos que memorável. São imensos os pormenores (que se transformaram em "pormaiores") que vos podia falar para demonstrar essa fabulosa capacidade de bem-receber, no entanto vou destacar apenas 3. Quando perguntei a um dos funcionários se havia uma farmácia nas imediações do hotel para comprar um medicamento para a Bia, que estava constipada, o mesmo prontificou-se logo para ir buscar esse medicamento à Régua. Eu disse que preferia ir eu. Quando cheguei à entrada do hotel já lá se encontrava o carro, ligado, com a porta aberta e com a chave na ignição. Nos dias em que estivemos no Hotel quase todos os funcionários perguntavam se a "menina Beatriz já estava melhor". Tinha dito o nome dela apenas a um deles.  

Six Senses Douro Valley

Andando nesta "coisa dos blogues" já há mais de três anos,  começou a ser raro entrar num quarto de hotel e ficar completamente arrebatado e sem reacção, mas no Six Senses foi exactamente isso que aconteceu, não só a mim, mas também com o resto da família. Como uma das paredes é um vidro, parece que estamos num espaço que prolonga o quarto até ao rio, e nos traz o rio de volta até ao quarto. Em qualquer local, desde a casa de banho até à zona de convívio é possível ter essa vista encantada para o exterior e para as restantes partes do quarto. No chão há carvalho português, nas camas lençóis de algodão macios cobertos com tecidos de lã locais e na casa de banho sabonetes com menta e citrinos que perfumam todo o quarto com um aroma absolutamente divino. 

Six Senses Douro Valley

A Six Senses criou ainda neste hotel aquele que provavelmente é o melhor spa em Portugal, pelo menos de entre aqueles que tive a oportunidade de visitar. Há uma piscina finita no tamanho mas infinita nas sensações que promove,  ginásio, sauna, banho turco e salas de massagem com vista para os jardins do hotel. Há ainda um ginásio, um centro de estética e um espaço para ioga e pilates onde podemos ficar  suspensos de cabeça para baixo nas árvores, presos por fitas. A Clarisse experimentou uma das massagens, regressou uns anos mais nova :P Enquanto isso, fui com a Bia até  à Biblioteca do Vinho para uma prova de cortesia. Estas provas, em longas e belas mesas de madeira, acompanhadas por pedaços saborosos de presunto, queijo, bolachas e chocolates são um complemento perfeito para os winelovers

Six Senses Douro Valley

 Neste espaço existem ainda ecrãs tácteis ligados ao Museu do Douro e à vasta informação sobre quintas e castas que o museu disponibiliza. Já à noite descobrimos o restaurante do Hotel, o Vale de Abraão, que é um problema ... para quem estiver de dieta. Especialista em pratos tradicionais portugueses exibe uma lista de vinhos que apresenta o melhor do Douro. Nele encontramos 3 ambientes distintos: uma Open Kitchen com forno de lenha, um Josper grill e uma lareira de grandes proporções, bem como espaços descontraídos onde podemos provar especialidades regionais às quais foram dadas um toque de inovação.

Six Senses Douro Valley

 Quase todos os pratos são inspirados nas receitas tradicionais portuguesas e produzidos com ingredientes de origem local, mas os chefes acrescentam sempre um toque artístico, resultando numa apresentação contemporânea, bastante bonita. O primeiro desses pratos que tivemos o prazer de degustar foi uma Tempura do mar e da terra com maionese de caril e lima. Os cogumelos e algas muito crocantes tinham uma textura incrível, cujo sabor combinava na perfeição com o doce do caril e as suas 18 especiarias. Essas especiarias e picante preenchiam todo o palato, perfumando-o com uma certa orientalidade, que complexou todo o prato.

Six Senses Douro Valley

 Da Bairrada chegou a frescura que equilibrou a bomba aromática que era a tempura, o Espumante Six Senses Extra Reserva 2015. De bolha muito fina, é bastante jovem no nariz,  com notas de pão, alperce, maçã e pêra. Na boca, é fresco, elegante, intenso, complexo e bastante equilibrado.  Seguiu-se um dos pratos que mais me marcou neste ano, a Tomatada de São João

Six Senses Douro Valley

Uma roda viva de texturas, aromas, intensidades, cores e sabores. Como é que algo aparentemente tão simples se pode tornar em algo tão complexo? Pensem numa "salada de fruta" com diferentes tomates e pimentos, com diferentes niveis de confecção e "crocâncias". Muito intenso, rico, exuberante e festivo. Se houvessem sardinhas assadas diria que estavamos no S. João :-P Percebi nesse momento o nome dado ao prato...

Six Senses Douro Valley

  A Couve flôr com caril chegou uns momentos depois e com ela vieram também o coco, as alcaparras e o exotismo. A couve serviu como uma "esponja" que absorveu todos os diferente aromas resultantes do processo de confeccção. Quer a couve, quer a tomatada foram acompanhadas pelo surprendente Six Senses Reserva Branco 2015.

Six Senses Douro Valley

A sua complexidade aromática completou a Couve flôr com caril, e a sua mineralidade e frescura crocante destacaram os aromas da Tomatada de São João. Este vinho promove ainda um interessante jogo entre a tosta da barrica e os aromas a maracuja, menta e citrinos. É muito  delicado e persistente.

Six Senses Douro Valley

 Se a tomatada foi dos pratos que mais me marcou, a Pá de cordeiro com arroz de miúdos, batata à murro e grelos é daqueles que dificilmente me esquecerei. Tem tudo, desde apresentação, sabor, terroir e aquela dose de espectáculo, que de vez em quando faz falta num restaurante. A batata assada algo doce cresceu em sabor com o molho de cerveja, a cebola caramelizada e a intensidade dos grelos. O caril no arroz fez todo o menu ter sentido e realçou o sabor dos miúdos.

Six Senses Douro Valley

 Por sua vez, o arroz parece um risoto, mas mais "seco", sem aquela gordura característica, quase como se tivesse sido reduzido, ganhando desta forma, sabor e profundidade. O cordeiro confitado e após sangramento das veias, estava perfeito, com imenso sabor, carregado de aromas, sucos e elegância. A menta introduziu notas frescas que equilibraram todo o prato e fizeram uma agradável e bem pensada ponte enogastronómica com o Six Senses Douro Red 2014.

Six Senses Douro Valley

 Elegante e com boa acidez, de grande profundidade, com elevada densidade de aroma a cerejas, morangos e amoras, alguma ameixa e um delicioso toque fumado. A barrica amansou os taninos, suavizando o seu poder e originando um vinho equilibrado, voluptuoso e aveludado. Subtileza e elegância em forma líquida.

Six Senses Douro Valley

A refeição acabou com pompa e circunstância através do Queijo queimado. Uma espécie de cheesecake, com uma espécie de queimado de leite creme, resultando numa espécie de obra prima dos sabores. Quando o começamos a provar surgem primeiro as notas daquele crocante do pudim queimado, mais tarde aparecem os aromas do queijo que perduram no palato. Os frutos silvestres moderam um pouco a untuosidade do queijo. É guloso, fresco e fino.

Six Senses Douro Valley

O Porto Six Senses Tawny 10 anos fez com que os aromas a baunilha e frutos silvestres da sobremesa se prolongassem no vinho. Surgiram ainda nozes e uvas passas, num equilíbrio perfeito entre fruta e madeira. Encorpado, complexo e com um final longo, foi o parceiro ideal para este Queijo queimado. 

O dia amanheceu bonito, umas horas depois. Após a Bia ter posto "em dia" os seus desenhos animados favoritos, era a chegada a hora do pequeno almoço que contemplava uma seleção de queijos e charcutaria portugueses, bem como, uma variedade de pratos quentes e inúmeros legumes produzidos no jardim orgânico do Hotel. 

Six Senses Douro Valley

Existem ainda zonas de preparação equipadas com fogões - onde são confeccionados pratos com alimentos frescos, na hora e nos quais os hóspedes têm uma participação activa na escolha dos ingredientes. Estes pratos são completados com itens do buffet. Há ainda uma zona de pastelaria, com uma vasta oferta de pastéis oriundos de diferentes pontos da Europa. A Open Kitchen tem ainda uma estante repleta de pickles de vegetais e de fruta, confecionados no hotel, que preenchem a sala de cor e harmonia.  Ljubomir Stanisic (que em 2011 integrou o painel de jurados da primeira edição do programa televiso Masterchef Portugal) ocupa o cargo de Consulting Executive Chef deste restaurante.

Six Senses Douro Valley

Conhecido pelo seu carácter forte, pela sua abordagem extremamente criativa e pelos maravilhosos sabores das suas criações, deixou uma marca clara nos menus disponíveis no Six Senses Douro Valley, até mesmo nos de pequeno almoço. Em maio de 2017, Luis Borlido foi promovido a Head Chef do Six Senses Douro Valley. Após uma agradável conversa matinal com o Luís percebi que a filosofia do Vale Abrãao consiste numa mistura de fine dining e tradição, com pratos compostos quase sempre por produtos sazonais, orgânicos, produzidos localmente, e processados o mínimo possível e que espelhem os valores da marca Six Senses: bem-estar, sustentabilidade ambiental e social e sensibilidade global.

Six Senses Douro Valley

Se, como eu, são amantes do Vale do Douro e dos seus vinhos, visitem pelo menos uma vez na vida o Six Senses Douro Valley, vão pensar que adormeceram  e acordaram no céu que está reservado para os winelovers. Apaixonei-me por este hotel do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.

Para não dizerem que estou sempre a exagerar e a falar de amor nas minhas publicações, vou falar-vos de matemática. Existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Há o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1000. é por isso que alguns infinitos são maiores que outros, este é o paradoxo de Galileu. 

Six Senses Douro Valley

Há dias, muitos dias, em que ficamos zangados com o tamanho do nosso conjunto ilimitado. Queríamos mais números do que aqueles que provavelmente vamos ter. Queríamos mais dias, mais tempo, mais vida.

Estes dias no Six Senses Douro Valley deram-me uma pequena eternidade dentro dos meus dias numerados, e estou-vos muito grato por isso.

Alguns infinitos são maiores que outros, há também hotéis (excelentes) melhores que outros (também excelentes). Este é por muitos tido como o melhor hotel do mundo, disso não vos posso falar, mas é sem margem para dúvidas o melhor hotel em que estivemos...

Obrigado Joana van Zeller pelo convite e por esta bela lição de Matemática ;P

 

Messias branco e Aliança tinto | Novos ‘Bairrada Clássico’ no mercado

@GONCALO VILLAVERDE

 A categoria ‘Bairrada Clássico’, a expressão superior da identidade e da autenticidade no seu universo vitivinícola, conta agora com duas novas referências: o ‘Messias Bairrada Clássico branco 2012’ e o ‘Aliança Baga by Quinta da Dôna Bairrada Clássico tinto 2011’. Duas aguardadas novidades que vão estar à prova na feira de vinhos e sabores ‘Bairrada@LX’, a decorrer este Sábado, dia 10 de Março, entre as 15h00 e as 20h00, no Mercado da Ribeira - Estúdio Time Out, em Lisboa.

@GONCALO VILLAVERDE

Integram a categoria de ‘Bairrada Clássico’, tintos feitos com, pelo menos, 50% da casta rainha da região, a Baga e que sejam submetidos a um estágio mínimo de três anos, dos quais um é feito em garrafa; e brancos produzidos com castas autóctones – de uma lista que inclui Arinto, Bical, Cerceal e Maria Gomes –, e cujo resultado final seja conseguido depois de, pelo menos, um ano de estágio, seis meses do qual em garrafa.

@GONCALO VILLAVERDE

‘Messias Bairrada Clássico branco 2012’ é uma nova referência da Caves Messias lançada para dar resposta e fomentar a categoria ‘Bairrada Clássico’. Na adega, as uvas utilizadas foram integralmente prensadas e submetidas a uma fermentação espontânea em barricas de carvalho francês. A afinação em garrafa decorreu após um ano de estágio. O resultado é um branco com uma riqueza e uma concentração das variedades locais Arinto e Cerceal que, cultivadas em solos calcários, dão corpo a um vinho de aparência límpida de amarelo-ouro. No nariz enaltecem as notas evoluídas e complexos do barro molhado e da cera de abelha. No sabor revela grande estrutura e uma juventude surpreendente, com um final longo de prova com nuances minerais, características que deixam prever a garantia de potencial de envelhecimento.

GONCALO VILLAVERDE

O ‘Aliança Baga’ já existia, mas sem a menção ‘Quinta da Dôna’ no rótulo nem com o certificado ‘Bairrada Clássico’. Assim, este ‘Aliança Baga by Quinta da Dôna Bairrada Clássico tinto 2011’, feito em excluisov com uvas da casta Baga – plantada em solos argilo-calcários da Quinta da Dôna, propriedade adquirida em 2003 –, é o primeiro vinho da Aliança Vinhos de Portugal a integrar a categoria ‘Bairrada Clássico’. A vinificação tradicional pré-fermentativa a frio e a demorada cuvaison possibilitou a criação de um vinho de cor rubi intensa.

GONCALO VILLAVERDE

 O aroma e sabor frutado com nuances de frutos vermelhos intensos e chocolate preto. Na boca revela-se poderoso, mas elegante, equilibrado, mas muito encorpado, e com um final de boca persistente, características associadas ao estágio de 14 meses em barricas novas de carvalho francês e russo que antecedeu o engarrafamento. Para acompanhar com pratos de carnes vermelhas, caça e queijos.

@GONCALO VILLAVERDE

INFORMAÇÃO TÉCNICA:

Messias Bairrada Clássico branco 2012 • DO Bairrada PVP: €20,00  •  Álc.: 12%  •  Acidez Total: 6,7 g/l  •  Açúcar Residual: 2,1 g/l

Aliança Baga by Quinta da Dôna Bairrada Clássico 2011 • DO Bairrada PVP: €17,00  •  Álc.: 14%  •  Acidez Total: 5,2 g/l  •  Açúcar Residual: 0,7 g/l  •  pH: 3,42