Real Companhia Velha | Cidrôversatilidade
A Quinta de Cidrô, com uma localização privilegiada em São João da Pesqueira, na sub-região de Cima Corgo, no Douro Vinhateiro, continua a contribuir para a imagem de um Douro moderno com a implantação de castas portuguesas e internacionais que dão corpo a novos estilos de vinhos. É o caso dos cinco vinhos da colheita de 2017 – um rosé e quatro brancos –, dotados de uma frescura e características aromáticas adequadas ao Verão. Quanto aos tintos, valerá a pena esperar pelo momento oportuno para celebrar em grande ou apenas saborear com quem mais se gosta de partilhar um vinho de excelência.
Apesar da atipicidade climática do ano vitivinícola de 2017, a vindima efectuada em tempo oportuno, resultou em mostos de grande qualidade que levou à criação do ‘Quinta de Cidrô Alvarinho branco 2017’, do ‘Quinta de Cidrô Chardonnay branco 2017’, do ‘Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc branco 2017’, do ‘Quinta de Cidrô Gewürztraminer branco 2017’ e ainda do ‘Quinta de Cidrô rosé 2017’.
Um Alvarinho de guarda. Apesar de ser autóctone da sub-região de Monção e Melgaço, na região dos Vinhos Verdes, a casta branca Alvarinho é o resultado soberbo da constante inovação nas vinhas da Quinta de Cidrô. Com fermentação e estágio de seis meses em cubas inox o Quinta de Cidrô Alvarinho 2017 (€9,00) apresenta uma cor citrina levemente dourada, a denotar concentração. Nos aromas, delicados, nota para os citrinos e a flor de laranjeira. Tem uma boca rica e cheia. Encorpado e fresco, tem um final de boca longo e distinto, salientado por uma acidez estaladiça e uma saborosa mineralidade. É acima de tudo, um Alvarinho do Douro para harmonizar com peixe e marisco grelhados.
A expressividade do Sauvignon Blanc (€13,50). As uvas da casta francesa Sauvignon Blanc são prensadas em prensa pneumática, com a fermentação e o estágio de três meses em cubas de inox. O processo de vinificação enfatizou o aroma expressivo da casta, com leves notas de espargos, pimenta verde e toranja bem integrados por uma evidente impressão de mineralidade. Na prova, o Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc 2017 mostra-se um vinho rico e intenso que, ao mesmo tempo, preserva um sentido de leveza e frescura. Apesar de impressionante, ainda irá crescer muito em garrafa.
A complexidade de aromas tropicais do Chardonnay. Após a colheita, 80% do vinho fermentou, durante mais de oito meses, em barricas de carvalho francês, em contacto com borras finas e foi submetido ao método de batonage; os restantes 20% fermentaram em cubas de inox. Assim, o Quinta de Cidrô Chardonnay 2017 (€14,00) apresenta-se limpo e brilhante, com uma atraente cor amarelo pálido. A casta impressiona pela sua concentração e intensidade, exibindo uma complexidade de aromas tropicais, como o ananás, além do pêssego e da pêra, harmoniosamente integrados, com ligeiras nuances de madeira e notas amanteigadas. Na boca denota uma excelente acidez. É refrescante e muito equilibrado. O final de prova é persistente. Recomendam-se o bacalhau, o lavagante e as saladas para o acompanhar à mesa.
Um Gewürztraminer invulgar. Fermentado sob condições modernas e de protecção contra a oxidação, este Quinta de Cidrô Gewürztraminer 2017 (€14,00) evidencia as características inerentes à casta. Ou seja, houve o cuidado de respeitar a sua componente aromática, com as nuances de líchia e de rosa muito evidentes no nariz. No entanto, é um vinho extremamente original, pois mostra o carácter do Douro ou não estivesse esta variedade de uva completamente transformada por causa da influência do terroir duriense. Por isso é um néctar seco, austero e com uma bela acidez, tal como os vinhos brancos do Douro. A companhia perfeita para sushi, pratos de caril e saladas.
O refrescante rosé de veraneio. As castas autóctones constam no portefólio vinhateiro da Quinta de Cidrô. É o caso da Touriga Nacional e da Touriga Franca, as variedades de uva que fazem parte deste Quinta de Cidrô rosé 2017 (€10,50). Da fermentação e estágio – este de seis meses – em cubas inox, resulta um vinho que revela enorme intensidade de notas florais combinadas com frutos vermelhos. É um rosé refrescante e equilibrado, com boa acidez. O final de boca aveludado e mineral “casa” bem com pizzas, carpaccios e saladas ou apenas para saborear enquanto os seus amigos cozinham.
Nos tintos estão representados os anos de 2016, 2015 e... 2007!!!
A cuidadosa selecção de uvas nas parcelas de Pinot Noir confere a delicadeza da casta, além de ser um dos critérios aplicados na elaboração do Quinta de Cidrô Pinot Noir 2015 (€15,00). Parte das uvas são desengaçadas manualmente. Por sua vez, o processo de fermentação é utilizado o método manual de “baixar a manta”, para uma extracção suave e capaz de providenciar aromas delicados. O estágio ocorre por um período de 12 meses em barricas de carvalho francês, das quais 30% são de madeira nova. A bela cor ruby revela elegância e finesse neste vinho detentor de notas típicas de cereja e groselha harmoniosamente integradas com nuances de baunilha. O final de boca longo e frutado é aperfeiçoado após umas horas de decantação para, a posteriori, acompanhar com cabrito ou cordeiro assado no forno e empadão de perdiz.
A Touriga Nacional é a mais conhecida e ilustre casta duriense. Após a selecção criteriosa das suas uvas, é utilizada na feitoria do Quinta de Cidrô Touriga Nacional 2016 (€14,00). Só depois é que são fermentadas em cubras médias de inox, seguindo-se o estágio de 50% em barricas de carvalho francês durante 12 meses. Nas notas de prova revela-se um vinho complexo com grande carácter varietal, aromas a frutos vermelhos e acentuadas notas florais. Embora intenso e expressivo, é fresco e elegante. Dá imensa satisfação enquanto jovem e vibrante, para acompanhar pratos de caça, carne vermelha e queijos sem, no entanto, deixar de surpreender quem opte por aguardar a evolução em garrafa.
A colheita de 2015 traz também para esta lista vínica da Real Companhia Velha o Quinta de Cidrô Cabernet Sauvignon / Touriga Nacional tinto 2015 (€16,00), o lote de castas tintas que combina a variedade de uva tinta mais conhecida no mundo e a casta bandeira de Portugal. A fermentação em cubas de inox e o estágio de 18 meses em barricas de carvalho francês (50% novas, 50% usadas) deram origem a um vinho limpo e brilhante de cor ruby profundo, intenso e complexo, mas também muito elegante. É equilibrado por uma excelente estrutura e é encorpado. Os aromas de fruta preta, baunilha e chocolate revelam um enorme potencial para evolução em garrafa.
O Quinta de Cidrô Marquis é um lote de vinho seleccionado para homenagear o Marquês de Soveral, nascido em São João da Pesqueira, em 1851, precisamente nesta quinta, então propriedade da aristocrática Família Soveral. Por essa razão, a Real Companhia Velha confere a cuidada selecção da Touriga Nacional e da Cabernet Sauvignon, as castas tintas ali predominantes, para a feitoria deste elegante tinto, que exprime a excelência dos néctares da Quinta de Cidrô. A fermentação ocorre em cubas de inox, seguida de um estágio em barricas de carvalho francês (50% novas e 50% usadas) por um período de 14 meses.
O resultado da colheita do ‘Quinta de Cidrô Marquis tinto 2007’ (€38,00)anuncia o expoente máximo do Douro Vinhateiro, com muita intensidade e complexidade no nariz onde se salientam aromas apimentados, fruta preta, menta e baunilha, demonstrando toda a sua juventude. É um vinho bem estruturado e encorpado, apesar de, ao mesmo tempo, se revelar fresco e elegante. Tem um enorme potencial para evolução em garrafa e acompanhar pratos de caça e carne vermelha.