AdegaMãe Terroir | Vinho (quase tudo) e cloreto de sódio
"A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo." Friedrich NietzscheAs mais distintas expressões do terroir Atlântico da AdegaMãe, os vinhos especiais que nascem apenas em anos de excelência, com a marca AdegaMãe Terroir, têm agora novas edições no mercado.
A AdegaMãe anunciou no final do ano passado as colheitas AdegaMãe Terroir Tinto 2016 e AdegaMãe Terroir Branco 2017, confirmando assim o regresso dos vinhos topo-de-gama do projeto de Torres Vedras.
Referências que desvendam, ao mesmo tempo, uma nova imagem – um novo rótulo que é o culminar de todo o processo de rebranding iniciado na AdegaMãe em 2021.
“Este é um lançamento muito especial para nós, não apenas pelo que representa em termos de produto e de expressão máxima do nosso terroir, mas também porque é o último passo numa renovação de imagem que se estendeu a todas as nossas marcas e rótulos. Temos assim um novo rótulo, que vem acentuar ainda mais todo o caráter exclusivo destes vinhos”, afirma Bernardo Alves, CEO da AdegaMãe.
Os vinhos AdegaMãe Terroir impõem-se pela diferenciação. Nascem das barricas que mais se destacam no estágio em adega e que se impõem sobretudo pela originalidade.
“Mais do que procurar a expressão de determinadas variedades, ou mais do que procurar um determinado lote, nestes vinhos valorizamos, sobretudo, a expressão do terroir e a forma como é evidenciado o perfil genuinamente atlântico que nos difere”, afirma o enólogo Diogo Lopes.
São vinhos que necessitam condições climatéricas quase perfeitas, assim como uma enologia de joelheira, e por isso é necessário saber esperar para que todos estes "astros" se alinhem. Neste sentido, o AdegaMãe Terroir Tinto 2016 é apenas a terceira edição desta referência (2013 e 2015), enquanto que o AdegaMãe Terroir Branco 2017 é a quarta edição (2013, 2014 e 2016).
O AdegaMãe Terroir Branco 2017 (49.00 €, 95 pts.) é composto por Viosinho e Arinto e resulta de desengace total, prensagem ligeira, decantação a frio, fermentação em barricas de carvalho francês de 400L e bâtonnage durante 12 meses.
De porte amarelo ocre cristalino, exibe rebuçado de tangerina, maracujá, amêndoa, flores brancas, acácia-lima, salinidade, sílex, cera e fumo. Na boca é fresco, complexo, untuoso e muito longo. É um belo branco que tem tudo para crescer (muito!!!) em garrafa.
Por sua vez, o AdegaMãe Terroir Tinto 2016 (49.00 €, 94 pts.) é um blend composto por Touriga Nacional, Touriga Franca e Carbernet Sauvignon, resultando de uma vindima manual para caixas de 18 kg, desengace total, maceração pré-fermentativa durante 2 dias, fermentação a temperatura controlada durante 15 dias, e estágio em barricas novas de carvalho francês durante 24 meses.
Traja um belo rubi-sangue opaco e tem um nariz cheio de frutos silvestres, cassis, cogumelos, trufa, cedro, pimento, rosas e grafite. Na boca é uma delicia: super elegante, polido, carnudo, encorpado, fresco, longo, especiado e equilibrado.
Para que os vinhos consigam atingir o nível que estes dois atingiram, não é apenas necessário as condições quase milagrosas dadas pelo terroir (de influência atlântica, que se traduz numa frescura e acidez muito particulares; ao mesmo tempo, promotor de uma excelente mineralidade, resultante dos solos predominantemente argilo-calcários) e a tal enologia de precisão, é também preciso um berço que os saiba embalar...
E a AdegaMãe tem esse serviço de neonatalidade vínica: uma das adegas mais modernas do nosso país, onde a inovação surge, paulatinamente a cada canto com cubas de decantação vertical, fermentação com temperatura totalmente controlada e uma Sala do Tempo catalisadora da excelência, local onde os vinhos repousam, estagiam e envelhecem, com as condições perfeitas de luz, vibração/som, temperatura, pressão e ... tranquilidade.
Tudo isto coloca os AdegaMãe Terroir num patamar que poucos consegue chegar. Friedrich Nietzsche defende que a vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo, a prova destes vinhos contradiz esse filósofo/escritor/crítico alemão, pois neles a nobreza advém da delicadeza. Para além de tudo isso, são vinhos que combinam de forma quase perfeita a influencia atlântica, a complexidade, a estrutura, a fruta fresca e a tal acidez.