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No meu Palato

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Barão do Hospital | O código mineral

“As datas, e só elas, dão verdadeira consistência à vida e à sorte. Um bem que nos veio no dia 17 de Agosto, que era uma quarta-feira, fica alumiando a nossa alma com uma claridade muito diferente do bem que nos sucedesse, incertamente, no tempo, sem dia e sem data.” Eça de Queiróz

Barão do Hospital A expectativa era grande face ao sucesso e reconhecimento das edições anteriores, algumas delas elogiadas aqui no blogue. O Barão do Hospital Alvarinho 2021 e Barão do Hospital Loureiro 2021, produzidos pela Falua na Quinta do Hospital, em Monção, já podem ser provados.

Barão do Hospital A Quinta do Hospital, da Falua, está localizada num dos maiores e mais esplendorosos vales do Minho, na freguesia de Ceivães, em Monção. Carregada de História, é uma propriedade murada e na qual se insere uma casa senhorial – o Solar do Hospital -, com fachada brasonada do século XVI.

Barão do Hospital As novas colheitas sobre as quais hoje vos falo, contam mais uma vez, com a assinatura da enóloga Antonina Barbosa e mantêm-se 100% fiéis ao carácter único e à identidade do terroir onde são criados. 

Barão do Hospital “Continuidade e aperfeiçoamento são as palavras que melhor descrevem as colheitas 2021 dos vinhos Barão do Hospital. A continuidade no respeito e na preservação do carácter único e da identidade do terroir onde são produzidas. O aperfeiçoamento da personalidade, da estrutura e características distintivas do Barão do Hospital Alvarinho 2021 e do Loureiro 2021”, salienta a enóloga Antonina Barbosa.

Barão do Hospital O Barão do Hospital Loureiro 2021 (8.49 €, 87 pts.) mostra-se amarelo pálido no copo, passando para o nariz com limão, maçã-verde, acácia-lima, flor de laranjeira e louro. Na boca tem uma acidez muito vincada, é seco, intenso, equilibrado e muito gastronómico. 

Barão do Hospital Por sua vez o Barão do Hospital Alvarinho Branco 2021 (14.99 €, 90 pts.), de cor citrina-amarela ligeiramente esverdeada, carrega notas a granito molhado, pêssego, lima, casca de laranja, lichias e jasmim. Na boca cresce com uma acidez incisiva e alegre, é seco, redondo, ligeiramente untuoso, elegante e bastante harmonioso. Tal como o Loureiro, também este pede incessantemente por comida.

Barão do Hospital Acredito que os solos graníticos com apontamentos de xisto e argila e calhau, abrigado dos ventos frios (o que cria um verdadeiro microclima) e com a presença de oliveiras centenárias, terão pincelado ambos os vinhos com uma intrigante mineralidade, difícil de decifrar, mas que lhe dão uma certa elegância aristocrata, condizente com título nobiliárquico que lhes dá o nome.

Barão do Hospital  Têm sabido ser consistentes, e isso augura-lhes um futuro promissor. Apenas uma nota, é uma pena "termos" de beber este Alvarinho tão cedo, tem predicados para se mostrar com mais esplendor daqui a um par de anos.