Mateus Rosé | Se o Verão tivesse sabor
"Sou um sortudo por ter tido a oportunidade de ter provado alguns dos melhores vintages das melhores marcas, mas por muito que eu tenha aprendido desde que comecei a escrever sobre vinho, não tenho certeza se algum dia irei apreciar mais uma garrafa de vinho do que a de Mateus Rosé, em Berkshires, no longínquo 1972. Tinha acabado de tirar a carta e estava na companhia do meu primeiro amor, com a noite estendida à minha frente e o rio cheio de trutas prateadas. O vinho tinha gosto de Verão, e estava prestes tornar-se o sabor do meu primeiro beijo." Jay McInerney
Poucos sabem disto, mas no início dos anos 70 do século passado, Mateus Rosé era o vinho mais popular do mundo. A rainha da Inglaterra exigiu a sua presença nos jantares do Palácio de Buckingham e era o favorito de Jimi Hendrix. A fama internacional deste vinho cresceu ainda mais com Elton John a cantar-lo na canção de 1973, "Social Disease": «I get juiced on Mateus and just hang loose» [«fico frutado com Mateus e solto-me»]. Ainda nesse ano, na capa do álbum do britânico Graham Nash, "Wild Tales", vê-se em cima da lareira uma garrafa de Mateus Rosé.
Mas o porquê de tanta notoriedade? Porque Mateus é fruto de um rasgo de ousadia e inovação, e tem desde sempre revelado uma capacidade de reinvenção inigualável. Este ano, a marca volta a surpreender com uma garrafa mais sofisticada que chegou ao mercado em Abril.
Uma mudança que promete marcar um novo ciclo na vida do mais internacional dos vinhos portugueses. Preservando o mesmo perfil e sabor de sempre – leve, fresco e jovem –, Mateus apresenta-se agora com uma nova garrafa, mais alta e elegante, e com um rótulo renovado – mais moderno e com tons mais claros que transmitem a sua frescura.
Esta mudança confere também um look mais premium e contemporâneo à marca que nasceu em 1942, mas que ainda hoje parte à conquista de novos consumidores. Com esta evolução, Mateus reforça o seu posicionamento lifestyle e aproxima-se de públicos mais jovens, desafiando novas gerações a explorar diferentes momentos de consumo com amigos ou família, de que são exemplo as churrascadas de Verão ;)
A história de Mateus remonta a 1942, quando Fernando van Zeller Guedes, fundador da Sogrape, criou e lançou um conceito visionário: um novo estilo de vinho, rosé, com um sabor único, levemente pétillant, com uma identidade forte, numa garrafa inovadora e original, inspirada nos cantis dos soldados da Primeira Guerra Mundial. Com Baga, Rufete, Tinta Barroca e Touriga Franca, este vinho é exuberante nos morangos, amoras, doçura, descontracção e frescura.
Passados mais de 75 anos, Mateus é uma marca verdadeiramente global, presente em mais de 120 países e com mais de mil milhões de garrafas vendidas (não, não me enganei no número ;)). É o vinho oficial dos churrascos lá em casa, e lá por ter tido a oportunidade de ter provado alguns dos melhores vintages das melhores marcas, isso não significa que me torne num daqueles enochatos que só bebe vinhos acima de um certo valor.
Gosto de Mateus, ponto ;) Abaixo deixo a receita do molho que costumo usar nestas ocasiões. Se como eu gostarem de picante, coloquem mais duas malaguetas.
Ingredientes para o churrasco:
1 maminha, 1 picanha, 1 costela de porco, molho de churrasco, sal grosso e pimenta.
Dica: Para grelhar a maminha e a picanha coloquem as peças completas no grelhador, e só depois as fatiem. Vão criar uma "capa" crocante e tostada no exterior, enquanto que no interior são aprisionados todos os sucos da carne. Coloquem bastante sal e pimenta.
Para a costela, para além do sal e pimenta, vão pincelando abundantemente com o molho de churrasco (cada vez que virem a carne).
Preparação do molho de churrasco:
- 4 chávena (de café) de vinho do Porto ruby
- 4 chávena de cerveja
- 3 malaguetas picadas
- 4 chávena de polpa de tomate
- 2 dentes de alho
- 2 colher de sopa de molho inglês
- 3 chávena de chá de sumo de limão
- sal q.b.
- pimenta preta q.b.
Se o Verão tivesse sabor, não estaria muito longe disto ;)